Os números pedem atenção! Até o início desta semana, a Região Metropolitana do Vale do Paraíba contabilizava mais de 15 mil casos de dengue e pelo menos cinco mortes pela doença. Diante dos dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, assumindo o papel de agente transformador da sociedade, a Universidade de Taubaté (UNITAU) criou a campanha “UNITAU na luta contra a dengue”.
Os canais de comunicação da Universidade, as redes sociais e a rádio FM UNITAU começaram a divulgar uma série de conteúdos informativos com orientações à população e as principais formas de prevenção. A campanha vai ao encontro do “Dia D” de mobilização contra a dengue, que foi realizada no estado de São Paulo nesta sexta-feira, dia 1º de março, e em todo país no sábado, 2 de março.
“A Universidade de Taubaté está presente na vida das pessoas há 50 anos e, ao longo das décadas, ajudamos a levar conhecimento e informação de todo tipo para os nossos alunos e para a comunidade. Agora, estamos contribuindo com o poder público nessa causa tão importante de promoção da saúde”, afirma a reitora da UNITAU, profa. Dra. Nara Lúcia Perondi Fortes.
O lançamento da campanha “UNITAU na luta contra a dengue” foi feita durante o podcast da Universidade, o UNITALK, que recebeu as professoras e médicas Joana Darc Alves, especialista em pediatria e infectologia, e Elisangela Manfredini Andraus de Lima, especialista em dermatologia.
O que é a dengue?
A dengue é uma doença viral, transmitida pelo mosquito aedes aegypti, que causa febre, dor na cabeça, no corpo e nas articulações e,em alguns casos, manchas vermelhas na pele, coceira e dor “no fundo dos olhos”, como relatam alguns pacientes.
“O que nos preocupa é que a dengue pode ter uma progressão para um quadro grave. A doença não tem um tratamento específico, mas, com a ajuda médica, o paciente pode receber o tratamento suporte, que ajuda o corpo a combater o vírus”, explica a professora Joana.
Como prevenir a dengue?
A principal forma de combater a dengue é evitar a proliferação do mosquito em locais com água parada. Segundo o Ministério da Saúde, 75% dos criadouros do aedes aegypti estão dentro das residências e, em apenas 10 minutos por semana, é possível eliminá-los, assim, protegendo a família e os vizinhos da doença. Já para evitar a picada do mosquito, uma das alternativas é o repelente.
“Hoje nós temos a icaridina, uma substância aprovada pela Anvisa e que pode ser usada como repelente a partir de três meses de vida, embora a Sociedade Brasileira de Dermatologia recomende o uso a partir de seis meses”, afirma a professora Elisangela.
Dentre as principais orientações sobre o uso de repelente estão a aplicação apenas nas partes do corpo expostas e a preferência pelas loções ou cremes, que tem uma melhor espalhabilidade na pele. Pessoas com diagnóstico da doença também devem usar o repelente para evitar a picada do mosquito, que pode se contaminar e levar o vírus para outra pessoa da família.
“Também é recomendado evitar o uso de perfumes e cremes com cheiros porque eles atraem o mosquito. E se usar protetor solar ou qualquer outro tipo de creme na pele, a recomendação é esperar cerca de 15 minutos e aplicar o repelente por cima. A última camada deve ser sempre a do repelente”, explica a dermatologista. A professora lembra que ainda há repelentes específicos para aplicação em tecidos e que podem ser usados sobre as roupas. Outro alerta é em relação às receitas caseiras que devem ser evitadas pois não têm comprovação científica de que são eficazes.
Como tratar a dengue?
A especialista em Pediatria e infectologia, professora Joana Darc, alerta para a importância de buscar atendimento médico assim que os primeiros sintomas da dengue forem identificados e de evitar a automedicação, especialmente porque alguns medicamentos podem agravar o quadro do paciente.
“Também é importante o repouso e lembrar da hidratação, que precisa ser muito mais vigorosa do que a exigida por outras doenças, como a gripe, por exemplo. Isso porque o mecanismo de funcionamento da dengue consome muita água do corpo”, afirma a especialista.
Quanto aos remédios, dipirona e paracetamol são seguros, desde que o paciente não tenha restrição ao uso desses medicamentos. Já o ácido acetilsalicílico (AAS e aspirina) e anti-iflamatórios ( ibuprofeno, cetoprofeno, corticoide, diclofenaco) devem ser evitados pois aumentam risco de sangramento.
Cuidados com hidratação e alimentação
Além das professoras Joana Darc Alves e Elisangela Manfredini Andraus de Lima, outras professoras especialistas fazem parte da campanha, como a alergista Ana Carolina da Matta Ain, que vai falar sobre a importância da vacina, e a nutricionista Fabíola Nejar, que reforça a importância da hidratação e de uma boa alimentação para o fortalecimento do sistema imunológico e, em caso de infecção, para o combate à doença.
“Vale sempre a pena incluir na rotina alimentar verduras, legumes e frutas. Uma dica boa é evitar os alimentos industrializados. Prefira as compras em feiras e as frutas da época. Faça a comida em casa, sem excesso de temperos e alimentos prontos”, recomenda a nutricionista.
Para conferir outras dicas da campanha “UNITAU na luta contra a dengue” acesse o perfil da Universidade de Taubaté nas redes sociais.
Fonte: ACOM/UNITAU