A tecnologia é uma aliada da medicina, por isso ao longo dos anos e com o desenvolvimento de novas ferramentas e possibilidades, a pesquisa clínica está sendo desenvolvida com cada vez mais eficiência.
Nas últimas décadas as pesquisas têm ganhado um grande foco no Brasil, e no Vale do Paraíba não é diferente, há dois anos a região vem se tornando pioneira em pesquisas oncológicas. O ICB (Instituto do Câncer Brasil) possui um centro de pesquisas localizado em Taubaté-SP, oferecendo tratamento ao público, com equipamentos modernos e tecnologia de ponta, tanto para pacientes do SUS quanto para pacientes particulares.
“A pesquisa clínica é a base para que seja possível entender o funcionamento dos tipos de câncer e medicamentos, percebendo como eles podem contribuir para o tratamento dos pacientes oncológicos, proporcionando a melhora do bem-estar, o aumento da expectativa de vida e a possibilidade de cura”, explica o médico oncologista Dr. Eduardo Zucca, diretor de pesquisas clínicas do Instituto.
Como funcionam os protocolos de pesquisa no ICB?
Atualmente no Instituto do Câncer Brasil diversos tipos de câncer são frente de pesquisa, entre eles, o câncer de pulmão, de mama, próstata, colo de útero, entre outros. Quando um protocolo de pesquisa é iniciado é pensado para um cenário específico e para um tipo de câncer determinado, com todas as suas variações.
Segundo o médico, existem critérios de inclusão e exclusão, para que o paciente participe dos estudos. “São consideradas diversas situações, sejam elas, para tratamentos adjuvantes, com metástase ou pré-operatório. Isso acontece para que quando os pacientes chegarem no centro de pesquisa os estudiosos precisam garantir que os casos sejam iguais a todos aqueles que sofrem daquele mesmo tipo de câncer”, detalha Dr. Zucca.
O avanço nos tratamentos oncológicos em constante evolução
Os tratamentos oncológicos, tem evoluído extremamente nos últimos anos, possibilitando que os pacientes recebam medicamentos modernos que normalmente não estão disponíveis facilmente. Essas drogas são capazes de oferecer mais qualidade de vida durante o tratamento, com efeitos colaterais mais brandos e maior eficácia.
Alguns desses tratamentos em pesquisa no Instituto do Câncer Brasil, são a imunoterapia, anticorpo anti conjugados, medicina de precisão unida a quimioterapia, neste caso capaz acessar a célula cancerígena e depositar a quimioterapia, diminuindo ainda mais os efeitos colaterais, além de potencializar o tratamento.
A personalização do tratamento pode tornar a cura do câncer uma realidade
A pesquisa constante traz uma perspectiva cada vez mais positiva e mostra que o Instituto do Câncer Brasil está no caminho certo, na luta contra o câncer.
Segundo o médico oncologista, diretor do ICB, Dr. José Márcio Figueiredo, a personalização do tratamento com o sequenciamento do tumor é o que aproxima o paciente da cura da doença, sendo assim, o grande objetivo do Instituto, é desenvolver cada vez mais pesquisas que sejam capazes de entender como funciona o tumor em cada organismo e conseguir levar o acesso da população a tratamentos altamente eficazes.
“É importante ressaltar que o rastreamento e a prevenção, continuam sendo o melhor caminho, afinal além dos fatores de risco do dia a dia, segundo pesquisas, de 10% a 15% da população carrega a predisposição genética a desenvolver algum tipo de câncer”, comenta Dr. José Márcio.
Os doutores José Márcio e Eduardo Zucca, estão em constante pesquisa em busca por inovações, nas últimas semanas, eles estivem presentes no ASCO 2024, um Congresso em Chicago onde mais de 40.000 especialistas de todo o mundo se reuniram para discutir os avanços no tratamento do câncer, reforçando que essa busca não pode parar.