Por Felipe Riela e Bruna Briti
Todo mundo quer circular em sua cidade com uma sensação real de segurança! A população de São Sebastião pode se considerar de sorte nesse aspecto! A cidade conquistou o 5° lugar no quesito segurança entre as cidades brasileiras com até 100 mil habitantes, no Ranking Nacional de Competitividade dos Municípios, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).
Para chegar a esse índice, a CLP analisou a relação do total da população com o número de mortes violentas ocorridas no município. E também mortes por causas indeterminadas, mortalidade de jovens de 15 a 29 anos por razões de segurança, óbitos provocados por acidentes de transporte e internações provocadas por acidentes de transporte.
Ao fazer a comparação do ranking no quesito segurança, São Sebastião fica acima em todas as médias do Estado, da Região Sudeste e do Brasil.
A funcionária pública do Estado, Sônia Maria Gonçalves, 65 anos, vive em São Sebastião há mais de 20 anos. Ela nunca foi assaltada ou sofreu algum tipo de violência na cidade. “Vim para cá porque sempre quis morar numa cidade de praia, até mesmo pelo sossego, agora descubro que onde eu moro é mais seguro do que pensei, que bom”, disse.
Tecnologia em prol da segurança
Não foi da noite para o dia que a cidade conquistou essa segurança para seus moradores. São Sebastião possui um sistema de câmeras inteligentes, de alta resolução, interligado com o Muralha Digital (um conjunto de equipamentos como câmeras e sistemas de identificação de placas de veículos) que está conectado ao Sistema Córtex – Secretaria de Operações Integradas, da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.
O Centro de Operações Integradas (COI) utiliza essa tecnologia para identificar infratores que circulam no município. O Muralha Digital é capaz de reconhecer uma placa de veículo e relatar se é furtado, roubado ou clonado. Inclusive se o proprietário está com os documentos em dia ou se é procurado pela Justiça.
As imagens das câmeras de segurança, dispostas estrategicamente em pontos da cidade, são analisadas pelos agentes do COI e, uma vez detectada alguma irregularidade, é feito um chamado às polícias municipal e militar. Todo esse sistema integrado auxilia o município a manter baixos índices de criminalidade.
Contribuição do setor privado na Segurança Pública
O setor privado também auxilia no esquema de segurança pública. Empresas e casas quando instalam câmeras para proteger seus territórios acabam por proteger todo o entorno criando assim uma rede de monitoramento.
Para Rafael, da Camerite, empresa especializada em monitoramento na nuvem e equipamentos de segurança, o objetivo da empresa é tornar as ruas mais seguras para que a população se sinta mais protegida, preservando a qualidade de vida e solucionando possíveis crimes que possam a vi acontecer no entorno da residência ou do comércio do cliente.
Fundada em 2012, a Camerite revoluciona o mercado de segurança pública e privada usando o Microsoft Azure, modelo que garante vigilância com inteligência artificial. A empresa já se tornou a maior plataforma de videomonitoramento em nuvem da América Latina, com mais de 10 milhões de usuários em todas as regiões do país. A ideia começou simples. Eram apenas 15 câmeras espalhadas por Joinville, em Santa Catarina, transmitindo ao vivo pela internet. A experiência fez sucesso entre os moradores da cidade, que usavam o serviço para ver como estava o trânsito ou as condições climáticas, e logo chamou a atenção de investidores. A grande guinada veio quando os fundadores da Camerite perceberam o impacto positivo que sua tecnologia poderia causar em um mercado com enorme demanda por novidades no Brasil: o da segurança.