A pesquisa da Cesta Básica Alimentar é realizada pelo Centro Universitário Módulo desde janeiro de 2018 nos municípios de Caraguatatuba e Ubatuba e a partir de janeiro de 2020, em uma parceria com a Faculdade de São Sebastião – FASS, foram incluídos os municípios de São Sebastião e Ilhabela.
O objetivo da pesquisa é identificar a variação dos preços dos produtos que compõe a Cesta Básica Alimentar nos municípios do Litoral Norte do estado de São Paulo. A coleta de preços é feita mensalmente em 12 supermercados, 3 em cada um dos municípios do Litoral Norte/SP.
A variação média da cesta nos quatro municípios no mês de novembro de 2020 foi de + 4,76%, em relação ao mês de outubro de 2020. Entre os municípios as variações foram semelhantes: em Caraguatatuba (+ 4,92%), Ilhabela (+ 4,46%), São Sebastião (+4,64%) e Ubatuba (+ 5,04%).
O preço da cesta básica mais elevado foi registrado no município Ilhabela R$ 575,36 e o menor preço em Caraguatatuba R$ 556,85. A diferença entre a cidade que vende a cesta básica mais cara (Ilhabela) em relação a que vende a cesta mais barata (Caraguatatuba) foi de 3,32%.
Dos 13 produtos pesquisados em novembro, 11 apresentaram alta nos preços e 2 apresentaram recuo na comparação com os preços do mês de outubro. Os produtos que apresentaram maiores altas foram: batata (+ 14,32%), arroz (+ 11,14%), Tomate (+ 11,03% ), óleo de soja (+ 7,46%) e carne bovina (+ 6,93%). Enquanto os produtos que apresentaram reduções foram: leite (- 0,52%) e manteiga (- 0,22%).
A batata foi a grande vilão da cesta pelo segundo mês consecutivo, consequência de dois fatores principais: o fim da safra da seca com a consequente redução da oferta do produto e o aumento nos custos de produção com a alta dos preços dos fertilizantes e defensivos utilizados na produção.
O aumento no preço do tomate pelo quarto mês consecutivo é resultado da redução da área plantada com a baixa rentabilidade dos produtores no primeiro semestre e a redução da produtividade devido a problemas climáticos, reduzindo a oferta e elevando os preços.
O aumento no preço do óleo de soja é consequência dos preços da matéria básica, a soja. Cabe destacar que esses aumentos, principalmente da soja, relacionam-se a elevação do faturamento do agronegócio brasileiro, expresso com o recorde no saldo da balança comercial brasileira (exportação maior que importação), mas que representa alta dos preços para os consumidores no mercado interno.
O aumento no preço da carne bovina também é consequência do aumento na rentabilidade e do volume das exportações e do aumento nos custos de produção com milho e farelo de soja (utilizados na engorda de bois em confinamento).
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