A jornalista e radialista Fernanda Veiga, lança a segunda edição de seu livro na próxima semana. A primeira edição do “Anota” se esgotou em 30 dias e a autora decidiu esperar a pandemia estabilizar para o relançamento.
“Anota, vai que esquece?” é uma autobiografia visceral que conta sua experiência de assédio espiritual em uma Igreja Evangélica. O título traz um relato profundo e comovente sobre Síndrome de Burnout, manipulação, cultura da culpa e do medo, e de como a autora conseguiu vencê-los.
Segundo Fernanda, a necessidade de contar sua história surgiu quando percebeu que a situação era extrema e perigosa. “Quando se vive algo traumático, que nunca mais pode se repetir, nem se esquecer, existe a necessidade de registrar, não só na memória, que foi afetada pela Síndrome de Burnout, mas de outras formas mais concretas, como escrevendo em papel”, conta ela.
A autora, acostumada a ser ghostwriter, a escritora fantasma que passava para o palpável a essência de outros autores, transformando os sentimentos e sonhos em livros, desta vez, sentiu que precisava compartilhar as suas próprias vivências, relatando os abusos espirituais e morais sofridos durante seus anos como funcionária e obreira da igreja.
Mas, como identificar uma situação de assédio moral organizacional, o abuso moral e o assédio espiritual? Como se defender dessas situações? “Escrevi este livro para que as pessoas que passam por isso possam saber que são vítimas e que o crime tem nome. Decidi me expor, abrir meus porões, para ser voz de muitos que foram feridos e se calaram. Chega de vítimas!”.