O impacto da pandemia de Covid 19 no mercado imobiliário teve fases distintas nesses quase dois anos. Como tudo mais, a apreensão e incerteza dos rumos e as consequências da pandemia geraram uma paralisação nos negócios que persistiu nos primeiros meses. Mas, em seguida, o mercado teve que se adaptar aos novos hábitos e necessidades de pessoas e empresas.
Famílias que procuravam imóveis mais baratos, comerciantes com dificuldades em cumprir seus compromissos e grandes empresas, enfim, todos se viram diante de grandes desafios de estratégia e negociação.
O home office veio pra ficar e de prestadores de serviço, passando pelo comércio e indústria, empresas e profissionais descobriram a facilidade de se trabalhar em casa. Isso gerou um forte movimento de pessoas que descobriram que não precisavam viver nos grandes centros por causa do trabalho. Cidades menores com custos mais reduzidos e qualidade de vida incomparáveis, acabaram percebendo a demanda por imóveis para locação, venda e muitas vezes, a troca por imóveis em cidades do interior e litoral.
Por outro lado, a negociação entre proprietários e inquilinos gerou incontáveis conflitos envolvendo multas contratuais, negociações sobre carências nos aluguéis comerciais e principalmente um impasse sobre o tipo de índice utilizado para os reajustes.
Os lançamentos de imóveis novos voltaram, dando credibilidade ao setor imobiliário, acreditando na economia e no poder de compra dos clientes. Fica uma pergunta: As grandes cidades perderão o posto de joias da coroa no mercado imobiliário, fazendo com que cidades como Caraguatatuba e arredores sejam escolhidas para moradia, por possuir infraestrutura e qualidade de vida, aquecendo a lei da procura e da oferta?
Cabe aos agentes envolvidos no teatro de operações de compra, venda e locação de imóveis a missão de garantir a melhor negociação que atenda a todos, locatários para imóveis residenciais e comerciais e investidores em lançamentos, compradores de imóveis para moradia e para renda, com a melhor alternativa que possa também viabilizar a futura geração de empregos e qualidade de vida, seja no escritório ou na sala de casa.