Por Drielly Leite.
Com 19 anos de carreira na advocacia, Dra. Maria Cândida construiu sua trajetória profissional inspirada em seu avô, Antônio, que também era advogado. Formada em Direito pela Faculdade Único Campolim, de Sorocaba, especializou-se em Direito da Família e Sucessões; contudo, foi a vivência no Litoral Norte de São Paulo que a levou a focar na defesa dos direitos da mulher.
Há quase 13 anos em Caraguatatuba, inicialmente, ela atuou no Direito Civil, Trabalhista e Imobiliário. Porém, foi no decorrer da pandemia que encontrou um novo propósito de atuação: o Direito da Mulher.
Perante o número alarmante de casos de violência doméstica crescendo em todo o Brasil, e no mundo, em decorrência do isolamento social — que deixou diversas mulheres à mercê de seus agressores, e privadas de contatos externos que pudessem ajudá-las —, que ela percebeu a fragilidade da situação e decidiu reagir. “Entendi que nós, mulheres, precisávamos de vozes potentes e influentes para nos representar”, destaca.
Movida por esse propósito, Maria Cândida decidiu se candidatar e foi nomeada como representante do Conselho Municipal da Condição Feminina, de Caraguatatuba, onde permaneceu por quatro anos. Em atuações eficazes e conjuntas com o colegiado eleito pela sociedade civil, ajudou a fortalecer muitas políticas públicas, como a criação da casa de acolhida para mulheres vítimas de violência doméstica, um abrigo seguro e sigiloso voltada às vítimas que não têm familiares, parentes, ou local para ficar.
Maria Cândida também foi convidada para integrar às comissões da Mulher Advogada e da Defesa da Mulher, onde permaneceu por seis anos consecutivos, passando por duas diretorias reeleitas; ocasião em que foi indicada a representar a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Conselho Municipal da Condição Feminina. Apaixonada pela vida, pela justiça, por música — em especial o rock and roll — e movimentos de fortalecimento feminino, buscou aprimorar seu canto com aulas, e ao lado de seis amigas, entre elas cantoras profissionais e amadoras, com idades entre 25 e 60 anos, fundou uma banda de Tributo à Rita Lee.
Sua atuação junto às Comissões e Conselhos, a tornou uma referência para mulheres que buscavam representação jurídica no município em casos de divórcio, pensão alimentícia e acompanhamento junto às delegacias. A partir disso, Maria Cândida decidiu aprimorar seu conhecimento, e se especializou em Direito de Família e Sucessões. Fora isso, fez diversos cursos, vindo a se destacar os de Criação de Políticas Públicas e Empoderamento pela Secretaria da Mulher de Barueri/SP.
Durante a pandemia, ela também foi convidada a integrar o Projeto Justiceiras, movimento fundado pela ex-promotora de justiça Gabriela Manssur, com o intuito de atender mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O projeto, ao qual integra até os dias atuais, presta acolhimento, apoio e orientação técnica à distância, por meio de atendimento virtual via WhatsApp a centenas de mulheres, de forma inteiramente gratuita, por voluntárias nas áreas do Direito, Psicologia e Assistência Social de todo o Brasil.
Mãe de dois filhos, Enzo, de 19 anos, estudante de Psicologia, e Laura, de 13, que sonha em ser médica, a advogada reforça que muitas mulheres precisam conhecer seus próprios direitos para se sentirem seguras para tomar decisões. “Elas muitas vezes estão erroneamente baseadas em informações que os agressores utilizam para confundir e tirar a coragem, para assim, torná-las mais reféns da violência”, alerta.
Para ela, a conscientização e o reforço de leis que protejam as vítimas de violência doméstica, seja ela física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial, é essencial. “O conhecimento é o primeiro passo para a liberdade”, conclui.
Além de sua atuação como advogada, Maria Cândida é palestrante e Diretora Jurídica do Grupo CMEC, conhecido como “Pérolas Caiçaras” e da ACEC (Associação Comercial e Empresarial de Caraguatatuba). Acesse o Instagram @macanadv ou entre em contato pelo (12) 98205-089, ou compareça ao escritório situado na Praça José Rabelo da Cunha, 98, Sala 01, Sumaré, em Caraguatatuba/SP.