Edvaldo Pereira Lima
Ótimo esse documentário brasileiro/global que efetivamente contribui para a transformação do mundo com uma ação centrada no presente, direcionada ao futuro, compartilhando essa história fabulosa de mudança de paradigma – válida e urgente para todos e todas as áreas do conhecimento – e ação prática empresarial de junção Natureza/design/engenharia/inovação/sustentabilidade. Ambas centradas na emersão transdisciplinar da biomimética. Casos – e as pessoas que os fazem acontecer – do Brasil, dos Estados Unidos, do Japão e da Costa Rica em destaque.
O filme
É o campo de conhecimento que constituem seu conteúdo – são “mind blowing” para todos, de todos os setores da atividade humana – e não só para designers, comunicadores, inventores, engenheiros, empreendedores, executivos, biólogos, educadores -, que reconhecem a urgência da humanidade dar um salto quântico de mentalidade, transformando nossa maneira de entendermos a Vida e nos posicionarmos em cooperação evolutiva com Ela.
Se você está em fase pessimista com relação à humanidade e ao nosso futuro, pode lhe acontecer de virar a chave. A partir dessa reflexão criticamente produtiva e das evidências inspiradoras de realizações que envolvem grandes empresas e grandes feitos, abrindo-nos uma nova perspectiva: neste maravilhoso planeta azul que nos abriga, a todas as espécies e sistemas de existência, nos oferecendo a possibilidade do paraíso de consciência aqui e agora, podemos transmutar o inferno existencial que criamos na civilização contemporânea, por uma ignorância absurda de olharmos a realidade com lentes seriamente distorcidas.
Sob o prisma do que considero a categoria “premium” do que denomino Comunicação Construtiva, a categoria de obras de vanguarda poderosamente inspiradoras à transformação, que é onde posiciono este filme excepcionalmente importante e oportuno, compartilho parte do seu Manifesto:
O que pode um documentário?
BIOCENTRICOS apresenta personagens que estudam a natureza por meio de uma metodologia de ponta, onde a Vida na Terra passa de insumo a mestre. O documentário cria atmosferas emocionais com propósitos agudos: afetar o público para que se perceba parte indissociável da vida no planeta.
Recolocar a vida no centro de decisões coletivas – ser ´biocêntrico´ – tornou-se, no mundo contemporâneo, um imperativo. Antes do que uma preferência política, atuar pela continuidade da vida deveria hoje definir as únicas políticas possíveis.”
E para clarear o propósito inspirador que pode mover um comunicador impactado pela própria narrativa que ajuda a construir, compartilho uma fala do codiretor Ataliba Benaim (junto com Fernanda Heinz Figueiredo) e corroterista (junto com Jorge Saad Jafet):
“Tecnicamente, mais do que relatar os conceitos desta ciência, o que me seduziu em Biocêntricos foi a possibilidade de registrar a mudança de horizonte ocorrendo dentro de cada persona. Se minha perspectiva foi renovada, imagino o que aconteceu nos corações destes cientistas que hoje se dedicam a isso. Também me empolguei com a ideia de expandir o alcance documental ao ´mimetizar´o gênero ´filme de natureza´e subverte-lo a uma abordagem pautada nas transformações pessoais. Com a identificação do público por estes cientistas – tratados como ´gente como a gente´- a mudança ótica também pode acontecer no espectador. E se isso acontecer, não há nada mais que eu possa querer”.
Recomendo vivamente você conferir o trailer – Biocentricos – Um filme sobre biomimética– , procurar assistir ao filme enquanto está em cartaz em algumas capitais brasileiras, visitar o hot site dedicado – biocêntricos.com.br – e conhecer o “think tank” – The Biomimicry Institute — Nature-Inspired Innovation – que lidera o avanço desse novo campo de conhecimento .
Se você se encantar, aceite. Relaxe. Dê-se o direito. Pode ser a redescoberta da esperança que está apenas aguardando a nossa mudança de olhar para a rede maravilhosamente divina da Vida que nos acolhe e nos permite existir. Porque somos nós também a Vida e agora podemos nos tornar seus integrantes conscientes de evolução. Se quisermos. A escolha é sua, minha, de todos nós.