Por Patricia Rodrigues.
Uma vez ou outra, não nos damos conta de como tudo à nossa volta pode nos encorajar ou desmotivar. Sim, querido leitor, existe muito mais influência do que imaginamos. Vou te contar uma breve história:
Sara estava recentemente solteira, divorciada de um casamento de 7 anos — o seu grande primeiro amor. Ela recebeu em sua casa a visita de algumas amigas da adolescência, com quem tinha muitas lembranças da “época de solteira”. Todas estavam solteiras também. Riram, saíram, se divertiram… Enfim, passaram dois dias aproveitando cada segundo. Quando foram embora, a sensação que ficou em Sara foi de vida nova, de recomeço. Ela começou a enxergar o lado bom de estar solteira, a pensar em viagens, planos… em possibilidades.
No mês seguinte, em um sábado à noite, Sara recebeu novamente algumas visitas. Dessa vez, uma amiga solteira e um casal — amizades que ela fez na época em que ainda era casada, ou seja, pessoas próximas tanto dela quanto do ex-marido. A noite estava ótima: vinhos, queijos, risadas… até que o assunto inevitável surgiu. Sem que percebessem, o ex de Sara virou o centro da conversa. Cada um com seus “achismos” e boas lembranças das viagens, restaurantes, teatros e momentos que todos haviam vivido juntos.
Quando os amigos foram embora, a casa parecia cheia de silêncio. Sara sentiu aquela nostalgia invadir o ambiente: uma saudade das partes boas, de cada lembrança… e, junto disso, a sensação de solidão.
Agora te faço uma pergunta para refletir: Em ambas as visitas, Sara já não estava divorciada? Então, o que mudou? O que mudou foi o olhar dela. A mesma realidade pode ser sentida de formas diferentes. Depende de como queremos — ou conseguimos — ver. O melhor dos mundos para Sara talvez seja este: pegar o melhor das duas experiências e encontrar um ponto de equilíbrio entre elas. A leveza do recomeço e a gratidão pelo passado podem coexistir.
E quanto mais Sara se conhecer, menos influenciada será pelos contextos externos. Ela passará a sentir mais de si mesma.
Reflita: O nosso mundo é como ele é, como vemos… ou como queremos ver?
Até a próxima,
Patricia Rodrigues