Vivemos um momento histórico onde temos literalmente na “palma da mão” um mundo de informações. Este acesso globalizado, traz ganhos imensuráveis em todas as áreas da sociedade, e que impactam positivamente a vida de todos nós! Entretanto, em tempos onde a saúde emocional de toda humanidade, já se encontra fragilizada diante de uma realidade “pandêmica”, e que nenhum de nós estava verdadeiramente preparado para enfrentar (em vários aspectos).
Este é um cenário perigoso e quando se corre o risco de ultrapassar os limites ideológicos e sadios. Quando unimos uma quantidade de opiniões (e não necessariamente fatos) e milhares de Fake News (em meio a outras tantas notícias verdadeiras), com a fragilidade emocional propiciada dentre outros por este efeito “pandemia”, criamos o cenário onde a razão, a congruência de pensamentos dão lugar a idolatria e aceitação de pensamentos e ações que, em outros tempos e situações, jamais seriam aceitáveis! Ressalta-se que infelizmente este fenômeno perigoso, a verdadeira “cegueira de visão e valores” não é uma exclusividade desta ou daquela ideologia política (esquerda ou direita), na verdade não se aplica meramente ao cenário político, mas profissional, social e familiar.
Prova disto está nas mídias sociais, nunca antes se encontram pessoas dizendo aos quatro ventos que preferem “bloquear” pessoas que tenham um viés diferente do seu, encontramos empresários se posicionando sem pensar o quanto este posicionamento afeta a imagem de sua empresa, familiares que estão rompendo relacionamentos…
Aqui está uma pista que pode nos nortear de modo assertivo, para diagnosticar se, estamos sendo congruentes com nossa ideologia (e que se ressalta, é direito de cada cidadão ter a sua) ou se na verdade somos apenas pessoas com sérios problemas emocionais e que necessitam de ajuda especializada (de profissionais realmente gabaritados para atendê-los a saber: psicólogos e psiquiatras).
Entender que sua ideologia é a MELHOR para sua realidade e sua história é algo sadio e salutar, mas quando eu passo a ver a minha opinião como única aceitável, quando não respeito e nem aceito a opinião do outro, isto mostra que não estou apto a compreender os limites sociais, e esta situação se agrava, neste novo cenário virtual.
É possível que você não invada o jantar de seu vizinho que está conversando com os familiares ou amigos sobre a ideologia dele (diferente da sua) afinal, isto seria um crime, uma invasão. Mas não temos a mesma medida quando “invadimos” o espaço (ainda que virtual) do outro. Esta postura é que, pouco a pouco vai minando os conceitos sociais, e que regem a convivência de nossa sociedade e sua premissa básica de que “MEU ESPAÇO TERMINA QUANDO O DO OUTRO COMEÇA”, sem esta noção, sem este zelo, enfrentamos situações como as mais recentes que maculam a imagem de nosso Brasil, e que volto a ressaltar, não é algo aplicável apenas a uma ideologia política, mas algo que precisamos estar atentos enquanto SERES HUMANOS.
Que esta humanidade leve você querido (a) leitor (a) a sempre desenvolver e praticar esta competência tão necessária nos dias de hoje, QUE SEJAMOS MAIS EMPÁTICOS UNS COM OS OUTROS. Lembre-se quem pensa igual a você, não leva sua mente a se questionar e flexibilizar, o diferente não precisa ser seu inimigo, ao contrário, quando compreendemos essa máxima, entendemos que um “contraponto” é essencial para a EVOLUÇÃO.