Por Maria José Moraes.
O uso excessivo de celulares nas salas de aula vinha sendo apontado como uma das principais causas de distração, déficit de atenção e dificuldades de aprendizagem. A presença constante das telas, sem acompanhamento adequado, estimulava a dispersão e dificultava o engajamento dos estudantes com os conteúdos.
Desde o início de 2025, a realidade das escolas brasileiras mudou com a proibição nacional do uso de celulares em sala de aula. Algumas instituições permitem a utilização apenas nos intervalos, enquanto outras optaram pela restrição total liberando o uso para fins pedagógicos. A medida busca proteger a saúde física e mental dos estudantes e favorecer a aprendizagem, em sintonia com orientações da neurociência sobre o tempo adequado de exposição às telas em cada faixa etária.
A legislação também reforça a necessidade de mediação de adultos no contato com as tecnologias digitais, uma vez que a neurociência indica que o tempo permitido de tela se aplica a todos os tipos de mídia, não apenas ao celular. Professores e familiares são apontados como figuras essenciais para garantir um uso saudável e responsável, enquanto as escolas devem promover capacitações que priorizem a saúde mental e a adaptação às novas regras.
Até agora, os resultados mostram diferentes percepções entre os envolvidos. Muitos alunos, relatam mais tédio nos recreios, mas professores e gestores destacam reduções importantes em casos de bullying virtual e distração em sala. Em síntese, o impacto inicial aponta ganhos pedagógicos e sociais, mas sua consolidação exigirá diálogo constante e engajamento da comunidade escolar.