Por Maria José Moraes.
O bullying e o desrespeito continuam sendo desafios urgentes dentro das escolas brasileiras. Mais do que conflitos isolados, Marie Beaudoin destaca que esses comportamentos refletem uma cultura de violência e exclusão que pode se enraizar no cotidiano escolar. A autora defende que a superação desse cenário exige uma ação conjunta — escola, família e parceiros educativos precisam compreender o fenômeno e agir de forma integrada, com estratégias preventivas e humanizadoras.
O bullying se manifesta por meio de agressões físicas, verbais, psicológicas e virtuais, sempre marcadas pela repetição e pelo desequilíbrio de poder. Suas consequências ultrapassam a vítima — afetam o agressor, que reproduz comportamentos violentos, e todo o ambiente escolar, que passa a conviver com insegurança, indisciplina e evasão. Por isso, é essencial que a escola promova uma cultura de respeito, empatia e cooperação, em que cada aluno se sinta valorizado e pertencente.
Para Beaudoin, prevenir é educar. Isso significa que o enfrentamento do bullying deve ser contínuo, coletivo e pautado no diálogo. Cabe à escola estabelecer regras claras, formar professores, desenvolver projetos de convivência e envolver toda a comunidade escolar. Nessa jornada, nós — como parceiros da educação — nos colocamos ao lado das escolas, apoiando professores e gestores na construção de práticas pedagógicas restaurativas e inclusivas.
O combate ao desrespeito exige compromisso compartilhado. Quando escola, família e parceiros educativos caminham juntos, é possível construir um ambiente saudável, onde o aprendizado se fortalece e o convívio se transforma em oportunidade de crescimento. Estamos juntos nessa missão de fazer da escola um espaço de paz, empatia e pertencimento para todos.