O direito à participação na votação presidencial passou por muitas mudanças desde o surgimento do Brasil República. A Constituição de 1891, por exemplo, previa que somente homens maiores de 21 anos – que não fossem analfabetos ou estivessem em situação de rua – poderiam votar. O que, por sua vez, mudou na Constituição de 1934, uma vez que todos os alfabetizados acima de 18 anos – incluindo mulheres – também tornaram-se detentores deste direito. Eventualmente, passadas todas as alterações, chegou-se ao cenário atual: no qual o voto é facultativo para analfabetos e jovens de 16/17 anos, e obrigatório para todos aqueles que atingem a maioridade.
De forma complementar, é importante ressaltar como a hodierna “era digital” possibilita que informações sejam disseminadas com muito mais alcance, rapidez e facilidade, particularmente no que é relativo ao âmbito político. Uma amostra de tal fato aconteceu recentemente, quando as cantoras Luísa Sonza e Anitta utilizaram suas plataformas sociais para dirigirem-se ao seu público mais jovem, incentivando que tirem o título de eleitor. Ações como essa acabam por ser extremamente positivas, pois têm o poder de alcançar e conscientizar milhões de pessoas.
Tirar o título de eleitor é fácil, podendo ser feito sem sair de casa – o que evidencia mais um ponto positivo do avanço tecnológico. Para emiti-lo, basta acessar o portal do Tribunal Superior Eleitoral na internet, clicar na opção de “Autoatendimento do Eleitor” e selecionar “Tire Seu Título” para iniciar o processo e verificar a documentação necessária. Porém, caso haja preferência, é igualmente possível solicitá-lo no cartório local. Em ambos os meios, o prazo é até o dia 4 de maio.
Mesmo que facultativo, é fundamental que os jovens de 16 e 17 anos tenham consciência do quão importante é que participem da política e tirem o seu título de eleitor – principalmente tendo em vista que o direito ao voto nem sempre foi algo pertinente à maioria da população. O futuro do país depende, em grande parte, das novas gerações. Cada voto importa; e cada um deles é determinante para a construção de um Brasil mais justo, inclusivo e humano.