Mais um ano totalmente atípico vai dando seu adeus, abrindo passagem para um novo ano. A exemplo de 2020, o ano de 2021 foi extremamente desafiador em todos os aspectos possíveis e imagináveis, deixando profundas cicatrizes em grande parte da população.
Não bastasse a pandemia da Covid-19 que dizimou milhares de vidas, famílias e sonhos, tivemos uma atuação desastrosa do poder público, notadamente do Governo Federal, tornando a situação ainda mais calamitosa.
O negacionismo, a falta de gestão, a inexistência de um planejamento estratégico e a configuração totalmente amadora dos Ministérios geridos em sua grande maioria por “profissionais” totalmente desqualificados, fez com que não só a pandemia ganhasse proporções inimagináveis, como também a crise econômica viesse à tona trazendo a reboque a fome, o desemprego e a inflação.
O Brasil voltou a figurar no Mapa da Fome / ONU (Organizações das Nações Unidas), após anos fora desse triste índice; O desemprego atingiu mais de 14 milhões de brasileiros e o rendimento médio daqueles que trabalham caiu 6,6%; por fim, a inflação acumulada ultrapassou os 10%, figurando como uma das mais altas do Mundo.
É verdade que o efeito pandemia teve sua parcela de contribuição na derrocada da economia e demais índices socioeconômicos, no entanto a falta de comprometimento do governo, a demora na compra das vacinas e a anticiência agravaram por demais a situação. Fato é, que o ano que finda nos deixará lições e ensinamentos que podem ou não ser aproveitados e trabalhados com inteligência, tanto pelos governantes como por nós cidadãos.
Dois mil e vinte um, vem confirmando mais uma vez, que a saúde e vida são nossos bens mais preciosos; Fazendo-nos lembrar que fronteiras são apenas linhas imaginárias criadas pelos homens, dado seus interesses financeiros, políticos e econômicos, não adiantando assim, estarmos todos vacinados no Brasil, se na África apenas 7% da população encontra-se vacinada, por exemplo. O vírus desconhece e não respeita fronteiras.
Vimos que a desigualdade social é um problema real que deve ser combatido com prioridade pelo próximo governo, seja ele qual for.
Aprendemos (pelo menos alguns de nós) que não se faz uma Nação sem Educação! Professores tão desprestigiados em nosso País, reinventaram-se e fizeram “das tripas coração” para transmitir conhecimento por meio das aulas online, muitas vezes realizadas em condições precárias de tecnologia.
Longe de querer romantizar a pandemia, é salutar que normalmente as dificuldades forjam nossas vidas e nos tornam mais fortes, propiciando-nos a oportunidade de sermos melhores como Seres humanos e de pensarmos “fora da caixa”. No entanto, a decisão de tornar-se melhor para si e para o próximo é algo particular e indelegável.
Lembre-se que mais importante que a lição é o aprendizado. Como dizia Albert Einstein “Insanidade é continuar fazendo sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”.
Finalizo assim, desejando a todos um Feliz Natal e um excelente Ano Novo. Que tenhamos todos “a serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras” (Oração da Serenidade).