A Declaração Universal dos Direitos Humanos assegura que todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, sendo que ninguém deve ser mantido em escravidão ou servidão. Dessa forma, sendo o Brasil um país que visa integralmente à aquisição de “ordem e progresso”, seria lógico imaginar que tais direitos são empregados de forma rigorosa. Contudo, a realidade é outra, uma vez que o trabalho escravo ainda é uma triste realidade do território brasileiro; realidade essa, inclusive, que ainda muitas vezes permanece oculta – mas que, ainda assim, deve ser urgentemente combatida.
O trabalho escravo, ou análogo à escravidão, acontece de forma silenciosa, podendo ser difícil identificá-lo – o que definitivamente não significa que poucas sejam suas vítimas nos dias atuais. Um caso que pode ser citado como exemplo é o de uma idosa de 63 anos, mantida por mais de 40 anos como empregada doméstica para uma professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sem receber salário e sem ter ao menos direito ao livre acesso de água ou comida. O caso foi divulgado no início de 2021 por diversas redes jornalísticas, conseguindo evidenciar o quão desumana – e alarmante – é a situação vivida por aqueles inseridos no trabalho forçado.
Assim, para que um problema possa ser combatido, é preciso que um número cada vez maior de pessoas tenha conhecimento sobre ele. Com o objetivo de conscientizar a população, seria imprescindível que a mídia abordasse o assunto com mais frequência, chamando atenção para uma maior quantidade de acontecimentos similares. Da mesma forma, seria prudente que o Governo Federal – juntamente com os órgãos municipais — fortalecesse a fiscalização nas cidades e campos, também incentivando que os cidadãos realizem denúncias caso possuam suspeitas. Com medidas concretas e colaboração, cada vez mais pessoas teriam a oportunidade de retornar à liberdade.