A fertilidade feminina foi um mistério que acompanhou a humanidade.
Primeiro as mulheres eram consideradas deusas, pois traziam ao mundo outras pessoas. Só mais tarde foi entendido o papel do homem.
Com o passar do tempo quase todos os mistérios foram desvendados.
A pílula anticoncepcional fez com que a mulher pudesse adiar a gravidez para uma data mais favorável. Mas mesmo assim acontecem surpresas!
Existe também uma tal de tabelinha, que controla o dia fértil, mas também tem resultados indesejáveis.
Um dia na década de 80, estávamos na casa da minha mãe: minha avo Josepha, minha mãe Beatriz e eu, conversando sobre filhos e gravidez. Tínhamos liberdade para conversar sobre tudo, mesmo com 30 anos de diferença uma da outra.
No meio dessa conversa minha avó Josepha falou:
– Eu tive muitos filhos mas a culpa não foi do Joaquim, foi minha mesmo!
E concluiu:
– Quando eu queria, queria, mas quando eu não queria, batia com o leque no ombro dele, e ele já sabia que naquele dia eu não ia namorar!
Mal sabia a minha avó que quando ela queria, era o dia fértil, teve portanto mais de 20 filhos.
Nas casas da minha família tem leque de madeira, de plástico de papel, somos descendentes de espanhóis e italianos.
Eu e a minha mãe ouvimos a conversa e depois disso, passamos a ter um código: quando alguém engravidava na família ela falava:
– Maria, fulana engravidou de novo!
E eu respondia:
– Mãe, ela não bateu o leque!
Ou então:
– Mãe, essa agora tem que começar a bater o leque!
Minha família é rica em histórias pitorescas.
Avé família Puertas!