Mais importante que a resposta, é a assertividade da pergunta. Voltaire (filósofo iluminista francês) dizia “Um homem deve ser julgado mais pelas suas perguntas do que por
suas respostas”.
Não obstante aos ensinamentos de Voltaire, me parece que a humanidade está cada vez mais vivendo numa “bolha” retroalimentada por um ciclo vicioso na busca de respostas que embasem suas crenças, reforcem seus pré-conceitos e que massageiem seus egos exacerbados.
Atualmente percebe-se grande repulsa e aversão a qualquer pensamento crítico e contraditório, que venha de encontro àquilo que
consideramos a “nossa verdade”.
Tal situação é preocupante, pois cada vez mais, estamos nos fechamos a 7 chaves, como um antigo baú da corte portuguesa do séc. 13, passando a rechaçar novos pensamentos, conhecimentos científicos e pontos de vista que confrontem e afrontem “aquela nossa velha opinião
formada sobre tudo”.
Cabe salientar, que o constante aprendizado é condição sine qua non para nossa evolução como Seres Humanos, e aqueles que acreditam saber de tudo, nada mais são do que completos ignorantes.
Sem sombra de dúvidas as Redes Sociais, notadamente o whatsapp e Facebook tem contribuindo sobremaneira para essa “era da pós verdade” e das opiniões travestidas de conhecimento. Um exemplo claro de tal fato, são as inúmeras fake news propagadas por grupos políticos extremistas e anticiência, que atualmente prestam um verdadeiro desserviço ao Brasil e ao Mundo, propagando “suas verdades” sobre a importância e eficácia das vacinas, atentando de forma acintosa e criminosa contra a saúde pública.
Enfim, torçamos para que esse período de trevas finde e que em breve possamos reestabelecer a consciência crítica e coletiva, que a sociedade aprenda como seus erros, que falsos mitos deixem de ser idolatrados e principalmente, que tenhamos discernimento para fazer as perguntas certas e a inteligência de aceitarmos as respostas corretas e não aquelas que mais nos agradem.