Campeão das últimas seis edições da Semana Internacional de Vela de Ilhabela, o Ginga volta à raia no litoral paulista como favorito na classe HPE. Mas aponta a 48ª edição da competição, entre os dias 24 e 31 de julho, como uma das mais difíceis. A competição reúne os principais nomes da modalidade.
De acordo com o comandante Breno Chvaicer, a equipe do Ginga teve menos oportunidades para treinar, este ano. A ausência de um calendário regular de competições na HPE 25 também pesou.
“Nossa hegemonia, nos últimos anos, é o resultado de muito treino e do empenho dos rapazes de Ilhabela. Temos uma equipe muito entrosada, mas talvez não tenhamos o mesmo preparo que pudemos ter nas outras edições”, avalia Breno Chvaicer, que tem na tripulação Vicente Monteiro, Gabriel Silva e Ronyon Silva. “Será uma Semana de Vela muito concorrida, uma disputa bonita. Até porque é uma retomada das competições, e todos os velejadores esperaram muito por isso.”
Para esta edição da Semana de Vela em Ilhabela, o barco da equipe passou por alguns ajustes. “Estávamos com o casco 22, que abandonamos em 2018. Pegamos o casco 61, e chegamos a ter alguns problemas com ele, mas agora está tudo pronto para a competição”, avisa Breno Chvaicer.
O barco do Ginga, em ação já na edição de 2019 da Semana Internacional de Vela de Ilhabela, marcou a conquista da equipe na Copa Gil Souza Ramos, em 2018, no Rio de Janeiro. O evento final do ranking da HPE 25 ofereceu o barco fabricado pela Rio Star como premiação, a maior da história da vela nacional.
Estreando na HPE 25 em 2019, o Cabron mostrou-se competitivo e ficou com o vice-campeonato da Semana de Vela de Ilhabela, além do terceiro lugar no Brasileiro da classe. Para esta edição, a equipe aposta numa disputa ainda mais acirrada, e com desafios a superar.
“Nosso tático, o Gigante, foi convocado para a Olimpíada de Tóquio, e chamamos um rapaz bem mais novo, o Rafael Krufli, que fará sua estreia na HPE 25. Voltamos a treinar quando confirmaram o retorno da competição, e fomos todos nos entrosando”, explica o capitão Demians Pons. Na tripulação, estão ainda Felipe Brito e Eduardo Albuquerque.
Capitão de flotilha da HPE 25, Demians Pons destaca que a classe evolui muito nos últimos anos, com várias tripulações fortes. “A HPE 25 é uma classe muito vibrante, está passando por um momento de retomada na Semana de Vela de Ilhabela, com muitos barcos bons. Será uma disputa de alto nível”, aposta.
A disputa da HPE25 contará ainda com os barcos Atrevido, Bloody Bones – Projeto Oceano Solo, Cabron, Jolly Rogers, Magoo, Mussulo, Pé de Vento, Salô, TakeAshauer e Xavante.
HPE 25
A HPE 25 segue com uma presença forte na Semana de Vela em Ilhabela. A 48ª edição terá 12 barcos na raia no litoral paulista. Muito procurada pelos velejadores brasileiros, a categoria foi idealizada por Eduardo Souza Ramos e Felipe Furquim.
Após criação do projeto pelo argentino Javier Soto Acebal, a construção do primeiro barco da Classe HPE 25 foi consolidada nas dependências de uma fábrica automobilística no interior de São Paulo.
“Eu queria um barco simples, moderno, veloz, divertido, acessível e versátil. E o HPE 25 superou as minhas expectativas”, disse o velejador Eduardo de Souza Ramos ao site oficial da categoria.
FICHA TÉCNICA HPE 25
Comprimento total: 7,62m
Boca máxima: 2,60m
Calado: 1,70m
Área Vélica: 31,34m²
Peso Máximo de Tripulação: 360kg
Projetista: Javier Soto Acebal
Material do Casco: Fibra de vidro
De volta às regatas presenciais
A Semana de Vela de Ilhabela abre com a regata Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil no domingo (25). O maior evento da modalidade da América do Sul vai até o dia 31 de julho e reúne no programa de regatas as categorias mais populares da vela. Entre as classes estão barcos Multicascos, Mini Transat, ORC, RGS, Bico de Proa, Clássicos, C30 e HPE25.
Durante os dias seguintes, a competição será dividida entre percursos médios e regatas de barla-sota.