Maio tem uma das datas mais importantes do ano, o Dia das Mães, no segundo domingo do mês. Claro que a máxima, “todo dia é dia dela” é verdadeira, mas este ano em contexto de pandemia, a data se tornou mais especial! Comemorar, presentear e expressar as mulheres que geram, cuidam e amam seus filhos é celebrar a vida. Mães para os filhos são sempre únicas. Cada uma tem seu jeito de ser. E o Litoral Norte tem muitas mães que lutam pelo melhor para seus filhos, e consequentemente, para a sociedade.
Danielen Moreno, técnica de enfermagem, trabalha home office em um laboratório de análises clinicas em São Sebastião, lançando resultados de exames preventivos. Mãe de primeira viagem, está grávida de 7 meses, e muito feliz, pois ela e o marido tentavam ter filhos há dois anos. “Até o médico ficou emocionado com minha reação, pois ele disse que geralmente as mulheres demoram para assimilar ou ficam incrédulas. Eu logo sorri e chorei ao mesmo tempo de felicidade, sempre quis ser mãe”, sorriu Danielen.
Sua gestação estava tranquila até que foi afastada do serviço por conta da pandemia, e por ficar em casa, seu transtorno de ansiedade até então controlado começou a dar sinal novamente. Ela passou a frequentar o Centro Gestacional de São Sebastião, e lá encontrou apoio e tratamento psicológico, além de fazer outras atividades como yoga. Hoje suas crises de ansiedade estão controladas e ela voltou a curtir a gestação.
Ana Cláudia Tripac, enfermeira responsável pelo Banco Humano de Leite de Caraguatatuba, é mãe do Rafael de 9 meses. “Sempre orientei as mães a voltaram a trabalhar. Mas aprendi que a teoria é uma coisa e a prática é outra. Descobri que somos mais dependentes dos filhos, do que eles de nós. O papel de ser mãe vem cheio de sentimento. Nosso corpo pede a proximidade”, contou ao expressar o quanto “doeu” deixar o filho na creche para voltar a trabalhar.
Desde a infância a mulher é preparada para se tornar mãe, caso queira, seja por brincadeiras como cuidar das bonecas, brincar de cozinhar, seja pelo exemplo das mulheres mães da família, ou até mesmo por um desejo mais profundo, um sentimento maternal. Sobre isso Ana Claudia disse: “A gente é preparada para os cuidados básicos e de acolhimento com a criança. Mas quando nos tornamos mães vemos que há questões mais profundas, de como lidar com os sentimentos da criança e com o nosso”, enfatizou.
Erika de Souza, tem uma filha de 8 anos, outra de 10 anos, e está grávida novamente. Mãe, estudante de Administração e empreendedora, ela trabalha com cestas decoradas e recheadas com “comidinhas” há aproximadamente quatro anos. “Ser mãe é uma dádiva, embora nossos desejos fiquem voltados a maternidade, temos que exercer outros papéis, que acabam até nos enriquecendo como mães”, disse.
Mãe experiente, ela compartilhou: “conforme as crianças vão crescendo a independência delas sobre nós acaba doendo, mesmo que a gente saiba que é necessário e inevitável. O sentimento de mãe, de querer acolher é tão forte que nos coloca nesse lugar de parar para pensar qual é realmente nosso papel na vida desses seres humanos”, enfatizou.
Erika ressalta que todos os dias é dia das mães, e que se emociona quando é homenageada na escola pelas filhas. “Eu choro de emoção!”, riu. Caminhando para o terceiro filho, Erika diz que cada gestação é única, e agrega experiência e sabedoria. “Fiquei mais forte depois de ser mãe. Realmente me preencheu como mulher. Tem dificuldades sim, mas o amor é maior”, finalizou.