Nesta quarta-feira, 17 de fevereiro, inicia-se a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021, com o tema “Fraternidade e Diálogo: Compromisso de Amor”. Em uma carta dirigida a todos os seus membros, o Movimento dos Focolares lembra que a Campanha da Fraternidade é a principal atividade da ação evangelizadora da Igreja Católica no Brasil desde 1964, e que a exemplo de sua fundadora Chiara Lubich, reforça seu amor e unidade com a Igreja e seus pastores.
“Celebrando este grande acontecimento de nossas Igrejas e recordando o significado que ele tem para nós que buscamos seguir o Carisma da Unidade, estamos convidando todos os membros do Movimento dos Focolares no Brasil a se empenharem nessa Campanha da Fraternidade Ecumênica, em suas paróquias e dioceses, assim como nas atividades que serão desenvolvidas no âmbito interno do Movimento em nossos regionais”, diz em nota assinada por Juliana Fonseca e João Batista de Brito, dirigentes da Obra no Brasil.
O Movimento dos Focolares destaca a importância do diálogo ecumênico e recorda as palavras de sua fundadora, Chiara Lubich, na Assembleia Geral da CNBB em 1998, em uma tarde dedicada ao Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC).
“Estamos conscientes de como foram os séculos passados: tremendos, terríveis, que dilaceraram o teu coração (Jesus) e o coração de tua mãe (Maria), mãe da unidade. Então, eis-nos aqui, todos unidos, para falar a ti diretamente, porque estás aqui Jesus”, disse Chiara em um momento de oração junto aos bispos católicos do Brasil e aos bispos, pastores e pastoras das diversas igrejas de denominação cristã.
Unidos, eles pediram perdão em nome de todos os cristãos e suplicaram a Deus que permitisse que fossem instrumentos da unidade. “Se ninguém semear, ninguém colherá. Creio que vivos não veremos aquela belíssima Igreja, tal como tu (Deus) a fundaste, porém, do Paraíso esperamos vê-la. Entretanto, dá-nos a chance de viver os anos que nos restam pela unidade, para que todos sejam um”, finalizou Chiara em sua prece.
Em 13 de junho de 1967, aconteceu o primeiro encontro do Patriarca Athenágoras I com a fundadora dos Focolares, Chiara Lubich, que se tornou ponte de unidade entre o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla e o Papa Paulo VI. Fonte: Arquivo / Movimento dos Focolares.
No ano de 2000, quando se celebraram os 500 anos da presença da Igreja no Brasil, numa ação de diálogo com as Igrejas cristãs de outras denominações, a CNBB convidou as Igrejas-membro do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC, a realizarem junto com ela a Campanha da Fraternidade daquele ano, um marco histórico do diálogo ecumênico no Brasil.
A partir de então, a cada cinco anos, é repetida a experiência com o nome de Campanha da Fraternidade Ecumênica, cabendo sua elaboração e realização ao CONIC, com a participação igualitária de todas as igrejas que dele fazem parte, inclusive a Igreja Católica, uma de suas fundadoras.
O Movimento dos Focolares recorda ainda a importância da contribuição na oferta que toda a Igreja no Brasil fará no Domingo de Ramos para o Fundo Nacional de Solidariedade. Esse Fundo é gerido pela Caritas Brasileira e se destina ao financiamento de obras sociais de entidades da Igreja, sendo vedada – por decisão da Assembleia Geral dos Bispos da CNBB – sua utilização em qualquer outra atividade.