Por Adriano Faleiros.
Se por um lado: os professores
sem voz em salas bagunceiras,
do outro, nas primeiras carteiras:
alguns alunos atentos os ouvem.
já adaptados ao caos, aprendem.
Darwin explica: Biologia na gente,
a vida atrás do que lhe faz bem
flori em resilientes adolescentes.
Poucos, uma pena, valem ouro,
elevam seus voos autônomos
pela internet e livros didáticos
até às Ciências que os salvam.
Talvez salvem a humanidade
das guerras, de tanta miséria,
do lucro absurdo no comércio,
planeta e escolas depredadas?…
Quem sabe o que passam
pra voar, abra também asas
que nos levem todos à paz?…
Pássaros indo alto, do caos.
Por Felipe Riela.
Descompasso
Eu “fingia costume” ao te encontrar
Ao olhar nos seus olhos, me perguntava
Se você também fingia costume
Porque ninguém me ensinou a lembrar
Que se “esquece como se anda”
Como se anda na frente do amado (!?)
Por Maura Mei.
Me espera que eu chego já.
Me espera todos os dias,
nas tardes longas e nas noites frias, e também quando o calor voltar.
Me espera quando se sentir sozinho e não te rendas a outro carinho que não seja o meu, porque também eu não me permito por outro acarinhar.
Me espera quando te deixarem ferido
e o sofrimento surgir desmedido.
Me espera na angústia, nos momentos de raiva e sofrimento.
Me espera nos dias de felicidade, e quando, junto de outros, teu pensamento não sair de mim.
E assim,
eu que te cuido aqui, aí e em qualquer lugar
em silêncio, em oração e distante,
te peço…
Me espera que eu tenho um mundo de amor sem fim
pronto para te cobrir
é só olhar pra mim.
Me espera na saudade, na turbulência do dia, no campo, na praia ou na cidade.
Me espera na noite que lampeja,
na praça, na rua, no banco da Igreja.
Me espera amor que eu chego já.