A Prefeitura de São Sebastião, por meio da Secretaria de Pessoas com Deficiência e do Idoso (SEPEDI), realiza nos dias 4 e 5 de abril (terça e quarta-feira) a ação ‘Cuidar de quem Cuida’. A iniciativa é alusiva ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado em 2 de abril desde 2007.
A ação tem por objetivo oferecer às famílias e, sucessivamente, às pessoas com deficiência, florais e técnicas de relaxamento que podem ajudar no controle da ansiedade e preocupações, melhorando a qualidade de vida.
A iniciativa conta é uma ação pontual da SEPEDI com a Associação de Florais e na terça será realizada no Núcleo da Sepedi no bairro São Francisco, às 9h e 14h, e no dia seguinte no Campo de Futebol do Boiçucanga, às 9h.
As palestras serão conduzidas pela Naturóloga Especialista em Florais, Elvira Bonomi, representante do Projeto SOS Florais, criado pelo Conselho Nacional de Terapia Floral (Conaflor) e SEPEDI.
Atendimentos
Atualmente, o Departamento da Pessoa com Deficiência atende 121pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), considerado crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar.
Essa equipe envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. É altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra.
Dessa forma, segundo Maria Fernanda Grimaldi, responsável pelo atendimento de TEAs no Departamento da Pessoa com Deficiência, a SEPEDI vem ampliando os leques de melhor atendimento para as pessoas com TEA.
Entre elas, está a emissão de carteirinhas especificas para autistas, sendo previstas a entrega de mais 30; atendimento individual no bairro São Francisco; acolhimento das famílias TEA com o projeto Cuidar de quem Cuida’.
De acordo com a secretária da SEPEDI, Karin Conde, desde a sua implantação, as pessoas com Transtorno do Espectro do Autista tem direito a Passe Livre e são realizadas ações como Semana Prevenção das Deficiências, projeto ‘Todos na mesma Onda’, ‘Turismo de Aventura’, atendimento em saúde bucal específico, além de parceria com a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).
Ainda conforme Karin, os serviços estão sendo ampliados e descentralizados visando atender essa população específica e seus familiares.
Dia Especial
A data comemorativa ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi estabelecida em 2007 e tem por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.
Esses transtornos aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida. As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.
Embora algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas.
As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores.
As intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.
De acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser divididos em 3 grupos:
- ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
- o paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
- domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do normal.
Fonte: Prefeitura de São Sebastião